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Ministro cabo-verdiano reafirma fecho das operações domésticas da TACV a partir de agosto

  • DN
  • 25 de jul. de 2017
  • 2 min de leitura

Boeing 757-200

O ministro da Economia e Emprego cabo-verdiano, José Gonçalves, reafirmou hoje que a companhia aérea pública TACV vai fechar as operações domésticas a partir de 01 de agosto, continuando a operar a nível regional.

O ministro reafirmou a posição do Governo no debate no Parlamento deste mês, o último do ano parlamentar, em que o ponto alto será o debate sobre o Estado da Nação, agendado para sexta-feira.

Assim, a partir de 01 de agosto as operações domésticas passarão a ser asseguradas pela Binter Cabo Verde, em cujo capital o Estado cabo-verdiano entrará com 49%.

O fecho das operações domésticas é um dos pontos da reestruturação da companhia aérea pública cabo-verdiana, em que o ministro já avançara que trabalhadores serão despedidos, mas sem precisar números.

Durante o debate, José Gonçalves disse que a partir de 01 de agosto os trabalhadores vão continuar na TACV e que o plano de reestruturação da mão-de-obra será feito "muito mais a fundo".

"Não é de um dia para outro que se vai cortar esse vínculo. Há que respeitar as leis nessa matéria e serão respeitadas ao máximo. A TACV não operar no mercado doméstico não quer dizer que os trabalhadores vão para casa", assegurou o governante.

José Gonçalves indicou que está em "extrema análise" o número de trabalhadores que poderão passar para a Binter CV e também os que serão indemnizados.

"Mas estamos conscientes e queremos ter o mínimo de impacto negativo possível nas pessoas, desde que salvaguardemos o negócio, porque há quer ter negócio rentável", afirmou.

As ligações entre as ilhas cabo-verdianas, que até à entrada da Binter em Cabo Verde, em 2016, eram asseguradas em regime de monopólio pela TACV, passam a partir da próxima semana a ser asseguradas novamente sem concorrência, agora pela Binter.

O acordo prevê um reforço das ligações para todas as ilhas com aeroportos e articulação com os transportes marítimos para as ilhas da Brava e Santo Antão, que não têm aeroporto.

Em comunicado divulgado na semana passada, a Binter CV anunciou que "brevemente" vai começar a operar com três aviões, em vez dos atuais dois, de forma a aumentar os voos e permitir a mobilidade dos passageiros entre todas as ilhas do país que possuem aeródromos ou aeroportos.

A companhia aérea anunciou também que, "a curto prazo, e ainda no decorrer deste ano", dará início aos voos regionais, nomeadamente, para Dakar (Senegal), numa primeira fase e, numa segunda fase, para mais destinos.

A transportadora aérea cabo-verdiana TACV vai manter apenas os voos internacionais, com o Governo ainda em negociações para encontrar um parceiro estratégico que assegure a gestão e parte do capital.

A TACV tem atualmente uma dívida acumulada de 100 milhões de euros, que continuará a ser assumida pelo Estado mesmo após a privatização da parte internacional.


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